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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

'Freemont original', Dodge Journey muda no Brasil


Dura a vida da Chrysler. Sua operação no Brasil nunca refletiu o tamanho e a importância que a marca tem em outros mercados e só diminuiu com o passar do tempo. A melhor época foi a virada do século quando uma fábrica da picape Dakota funcionou no Paraná.


De lá para cá, o grupo – dono das marcas Jeep, Dodge e da própria Chrysler – viu suas vendas minguarem ano após ano. Uma das poucas exceções foi o Journey. O crossover chegou ao mercado brasileiro em agosto de 2008 e agradou pela boa combinação de espaço interno, versatilidade e porte avantajado. Só devia um motor mais condizente com seu tamanho.


No ano passado, nada menos que 2,6 mil unidades foram vendidas e 2011 prometia novidades importantes: um novo painel, motores mais potentes e econômicos e a manutenção dos preços competitivos. Mas eis que a Fiat, nova dona da Chrysler, entrou em cena e jogou o Journey para escanteio.

Carente de um veículo no segmento, a montadora italiana se apressou em criar uma versão do Journey com o visual dela, o Freemont. Com algumas modificações na dirigibilidade e com um motor 2.4 litros americano, o modelo chegou ao Brasil em agosto e, com uma forte campanha de publicidade, tem vendido bem mais que a versão original – em apenas três meses encostou no próprio Journey.

Motor Pentastar

Restou à Chrysler lançar o novo Journey agora, no final de novembro, com quase as mesmas novidades antecipadas pela Fiat. O painel é o mesmo, com visual mais rebuscado, sistema touch-screen e acabamento esmerado. Por fora, o modelo ganhou leves mudanças em para-choques, grades, lanternas e rodas.

O melhor do novo Journey, no entanto, é a introdução do motor Pentastar, um V6 de nova geração que já equipa o Jeep Grand Cherokee. Com 3.6 litros e 285 cv, o motor é bem mais potente que o V6 anterior, um 2.7 litros com apenas 185 cv. Nem por isso consome mais. Pelo contrário. Enquanto o Journey anterior faz 6,6 km com um litro de gasolina na cidade, o Journey 2012 é capaz de rodar 7,2 km, segundo dados da marca nos Estados Unidos.

Para não atrapalhar as vendas do Freemont, o novo Journey foi deslocado para cima na tabela de preços. Apenas a versão V6 será vendida em dois níveis de acabamento, SXT e R/T, com preços estimados em R$ 100 mil e R$ 110 mil, respectivamente. Ou seja, bem mais que o modelo da Fiat (entre R$ 82 mil e R$ 86 mil). Curiosamente, no México o Journey é vendido com o mesmo motor do Freemont, mas essa opção, aparentemente, está fora de questão.

Pelo jeito, não será desta vez que a Chrysler voltará a seus bons tempos por aqui.
Fonte: iGCarros
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